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A pesquisa Cultura Cientifica promovida pela Fundación BBVA, da Espanha, trouxe alguns resultados interessantes a respeito da relação entre o conhecimento sobre a ciência, seus conhecimentos e a sua importância para a sociedade: há uma grande confiança da população sobre a ciência, mas pouco se sabe a respeito de conceitos básicos ou de formas de trabalho dos cientistas (em espanhol). É interessante notar que essas características já foram detectadas em estudos similares realizados em outras partes do mundo, como já discutimos aqui: https://ccult.org/admiramos-mas-nao-entendemos-a-relacao-do-brasileiro-com-a-ciencia/
- E por falar em conhecer o funcionamento da ciência, temos esse interessantíssimo relato de uma jornalista que participou voluntariamente de um ensaio clínico que testou a eficácia de um suplemento nutricional: https://elpais.com/salud-y-bienestar/2023-01-06/yo-rata-de-laboratorio.html
- As mulheres são a maioria dos cientistas no Brasil (58% do total de bolsistas Capes são mulheres), mas pouquíssimas chegam aos cargos de mais alta instância na ciência, como diretores de institutos de pesquisa ou reitorias universitárias: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/12/mulheres-sao-maioria-das-cientistas-no-brasil-mas-quase-nunca-chegam-ao-topo.shtml
- Aliás, sobre a disparidade de gênero (e de nacionalidade) na ciência — que não é uma exclusividade brasileira, infelizmente — esse texto do New York Times aponta a dificuldade que pesquisadores de descendência asiática têm para conseguir recursos para as suas pesquisas científicas nos Estados Unidos: https://www.nytimes.com/2023/01/04/science/asian-scientists-nsf-funding.html
- Uma tecla já batida no ccult.org e em outros lugares que discutem o ensino de ciências: a importância de se ensinar as crianças a identificar fake news por si mesmas: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/01/criancas-e-jovens-devem-aprender-a-detectar-fake-news-diz-pesquisadora.shtml
- Por falar nisso, você sabia que beber dois litros de água por dia não é uma regra? O Jornal da USP conta os detalhes: https://jornal.usp.br/atualidades/beber-agua-e-importante-mas-dois-litros-por-dia-nao-e-regra/
- Esses são os 10 artigos científicos mais citados pela imprensa sobre as mudanças climáticas em 2022: https://www.carbonbrief.org/analysis-the-climate-papers-most-featured-in-the-media-in-2022/
- Na última edição da Cesta Científica (clique aqui para acessá-la), discutimos a importância de se descansar e ter uma vida um pouquinho mais distante dos telefones celulares. Alguns estudos apontam que a mera presença do aparelho é suficiente para provocar o efeito “fuga de cérebro” (como exercício prático, tente recordar três números de telefone sem recorrer a agenda de seu smartphone): Na Scientific American: https://www.scientificamerican.com/podcast/episode/is-your-phone-actually-draining-your-brain
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A Terra gira! Em um 06 de janeiro, Leon Foucault verificou pela primeira vez uma forma de determinar a rotação do planeta Terra. Tudo por acaso, como apresenta o Centro de Estudos Cientificos do Chile: “Foucault descobriu o princípio do pêndulo por acaso: ele estava trabalhando em seu torno com uma haste de metal de aproximadamente um metro de comprimento quando, por acidente, a ponta da haste começou a vibrar em uma direção. Quando ele girou o mandril de rotação que segurava a haste, ele observou que a direção da vibração permanecia inalterada. Foucault deduziu que a oscilação do pêndulo também seria independente do movimento de rotação do ponto de fixação ao teto. Ele provou isso em 6 de janeiro de 1851, em seu laboratório localizado no porão de sua casa, com uma massa de 5 kg e uma corda de 2 metros de comprimento. O giro lento do plano de oscilação do pêndulo foi a consequência da rotação da Terra.”

As demonstrações públicas do “pêndulo de Foucault” aconteceram nos meses seguintes e contaram com até com a presença de Louis Napoleão Bonaparte.
Imagem da semana
A promissora tentativa de utilizar carbono para eliminar as nuvens de elétrons que são um pesadelo em aceleradores de partículas.

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Até a próxima edição 🤗
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F. C. Gonçalves é mestre em ciências pela Escola de Engenharia de Lorena (EEL-USP) desde 2019, além de licenciado em Física pela Universidade de Taubaté (Unitau) desde 2010, mesmo ano em que passou a atuar no ensino de Física nos níveis fundamental e médio. Como não sabe desenhar nem tocar nenhum instrumento musical, tampouco possui habilidades para construir qualquer tipo de artesanato, restou-lhe a escrita: “quando não sei o que dizer, escrevo”, diz. Desde criança é entusiasta do conhecimento científico. Da sede de querer conhecer mais sobre o mundo veio a paixão pela Astronomia. E quando menos percebeu, estava escrevendo e falando sobre o conhecimento científico para quem quisesse ler ou ouvir.